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Dois anos sem Waldir Rueda

Por Braz Antunes Mattos Neto *

Braz Antunes e Waldir Rueda no Aniversário de Santos 2007

Braz Antunes e Waldir Rueda no Aniversário de Santos 2007

Nesta quarta-feira (21) completa-se dois anos do falecimento do historiador Waldir Rueda. Amigo meu de longa data, Rueda foi vítima aos 44 anos de uma insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia aguda.

Sem sombra de dúvidas, foi um dos maiores conhecedores e defensores da história de todo o Litoral Paulista. Um cão de guarda da memória da Baixada Santista. Rueda não era santista de nascimento. Nasceu em São Paulo, em 18 de dezembro de 1966. Desde criança Rueda já colecionava moedas, caixa de fósforos, figurinhas, carrinhos, telhas de casas demolidas, azulejos – enfim, tudo que, de alguma forma, tenha uma história.

Apesar de paulistano, foi na Baixada Santista que morou praticamente toda a vida. Mudou-se para Praia Grande ainda criança e ainda jovem começou a se notabilizar pela dedicação à causa histórica. Aos 20 anos, ele já era membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente – cidade onde também morou, anos depois, e onde também deu início a vários processos de tombamento de bens móveis e imóveis. Em meados dos anos 2000, quando ingressou na Faculdade de História da Universidade Católica de Santos percebeu que tinha grande vocação para a pesquisa científica e, partir daí, deu início a vários processos de tombamento que tramitam no Condepasa.

Além de historiador, atuou como professor da rede estadual de ensino e escreveu o livro “Braz Cubas, homenagem a uma vida”, em 2008.

Braz dá homenagem a Waldir Rueda

Braz dá homenagem a Waldir Rueda

Tive a oportunidade de poder colaborar com suas pesquisas. Era meu amigo e convivia comigo na Câmara, onde juntos desenvolvemos diversos projetos de lei culturais. Em 2007, no dia do aniversário da Cidade, tive o privilégio de entregar a Rueda um Diploma de Gratidão da coletividade santista, devido a suas pesquisas sobre Braz Cubas, fundador deste Município, sobre a Cidade e nossa Região.

Desde sua morte, quando ainda era Vereador, propus ao então prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, que fizéssemos uma homenagem a esse grande santista. Sugeri algum próprio municipal ou mesmo o sistema de bondes turísticos, mas até hoje, dois anos depois, Santos ainda não homenageou um dos principais defensores da memória desta localidade que reside em nossos corações.

Tenho plena confiança que o prefeito Paulo Alexandre Barbosa irá refazer esse equivoco e iremos inaugurar brevemente uma bonita homenagem para preservar a memória de um dos grandes defensores da história santista.

* Braz Antunes Mattos Neto é Cirurgião Dentista, Mestre em Ortodontia, presidente da Associação dos Cirurgiões Dentistas da Baixada Santista (ACDbs-Regional APCD), ambientalista e ex-Vereador em Santos (2005-2012).