Artigos, Bastidores da política, Blog, Eleições, Indignações, Minha vida de político, Palavras do Braz, Vereador

Política não é pecado!

Braz Antunes Mattos Neto
Vereador em Santos pelo PPS

Em tempos de eleições municipais, como este que estamos vivendo, a política volta a cena na vida das pessoas. Atento ao que diz a população, tenho observado como a política brasileira está rotulada como opção de carreira para aqueles que querem se apoderar para uso privado do bem público, buscando conquistar benéfices próprias, ou mesmo se valer de vantagens que um cargo eletivo possa trazer para uma pessoa.  Além disso, tenho percebido a vontade de muitos de ficarem alheios ao processo político, não querendo receber propaganda nem participar de discussões políticas nas redes sociais, nos e-mails nem mesmo falar sobre o tema na roda de amigos. Esse assunto tem sido evitado como se fosse pecado falar sobre política ou almejar um mandato público, seja de Prefeito ou de Vereador.

Nós temos períodos como o Natal, que é uma comemoração religiosa, o Ano Novo, o Carnaval, as Olimpíadas e a Copa do Mundo, enfim, diversos eventos que consomem por meses os espaços comerciais e noticiosos dos veículos de Comunicação. Por quê então não podemos discutir política pelo menos por poucos meses, mesmo achando que deveríamos discutir o ano inteiro?

Vale lembrar que o voto é um direito para o eleitor promover mudanças, pois tudo na vida passa pela política e pela elaboração das leis. Temos que manter o que está bom e modificar o que nos incomoda.

Como em qualquer atividade humana, a política é feita por pessoas. E em um grupo de pessoas existem sempre aquelas bem intencionadas e outras que só cuidam dos seus próprios interesses. Isso acontece com clubes, entidades, organizações, no ambiente escolar, no ambiente de trabalho, enfim, em grupos de mais de três pessoas, sempre é possível existir aquele que quer levar vantagem em tudo.

É evidente que as denúncias envolvendo os maus políticos aborrecem a todos nós. Sempre há um Cachoeira, um mensalão, uma pasta vermelha, enfim, cotidianamente os veículos de comunicação nos trazem denúncias envolvendo políticos ou o processo político. Graças a Deus e a políticos brasileiros que muito perderam durante a ditadura que vivíamos até pouco tempo no Brasil – alguns perderam a própria vida -, hoje temos uma Imprensa livre. Jornalistas hoje podem trazer denúncias envolvendo senadores, deputados, governadores, vereadores, prefeitos e mesmo o Presidente da República, como o que ocorreu com o primeiro presidente eleito pelo povo brasileiro pós-ditadura, que sofreu “Impeachment” após denúncias veiculadas nos meios de comunicação.

Essa generalização dos políticos acontece por causa dessas denúncias. Mas, como Vereador probo e de ficha limpa, quero lembrar que nem todos os políticos são maus ou corruptos. Nem todos  que aparecem na sua TV, na sua casa e na feira do seu bairro apenas na época da eleição são “interesseiros”. Como em outras atividades, a exceção não são as boas pessoas, mas os “picaretas” que maculam a arte da política e sua essência, que é servir as pessoas.

É claro que devemos qualificar melhor a classe política do Brasil. E só há uma maneira de fazermos isso: participando do processo eleitoral, conhecendo nossos candidatos, seu passado e propostas, votando com o foco no interesse público da nossa Cidade e não com olhos para benéfices próprias.