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Projetos do Vereador Braz que se tornaram leis

– Museu das Palavras e Falas Santistas agora é lei! Grupo de trabalho vai definir como será o espaço

Agora é Lei: Santos terá o Museu das Palavras e Falas Santistas. O projeto do vereador Braz Antunes (PL nº 213/2017) que institui o equipamento foi sancionado nesta quarta-feira (18/7/2018) pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa, que destacou a importância da proposta do parlamentar: “O santista tem um jeito único de ser e de falar que merece ser preservado. A nossa média, o cará… Hábitos e costumes que merecem ser registrados. Inclusive, para que as próximas gerações possam ter conhecimento e continuar propagando a nossa história”, disse o prefeito.
 
Desde 2005, Braz tem apresentado trabalhos – projetos e requerimentos – que abordam aspectos culturais, como a Semana Vicente de Carvalho, Semana Martins Fontes, Dia dos Poetas Irmãos Roldão Mendes Rosa e Narciso de Andrade e Semana Gilberto Mendes. A ideia do Museu das Palavras e Falas Santistas foi desenvolvida ao longo desse tempo, com o objetivo de tornar conhecidos os autores santistas – entre tantos outros, Rui Ribeiro Couto, Cassiano Nunes, Pagu, Geraldo Ferraz, Plínio Marcos, Valdir Alvarenga e Flávio Viegas Amoreira. “Para divulgar suas obras e importância”.
 
Ao mesmo tempo, com a proposta surge o esforço de concentrar estudos sobre a peculiar forma de falar do santista, com suas expressões, termos e gírias, explica o vereador. “A língua que se fala no Cais, por exemplo, é absolutamente original e deve ser preservada. Sem contar a forte influência da comunidade portuguesa. Uma ideia é mostrar tudo isso em esquetes teatrais, em apresentações itinerantes”.
 
E são tantas palavras, tantas expressões! Mango (nossa “moeda”), dois palitos (rapidamente), lelê (embaixadinha), média (pão francês), o tu acompanhado do verbo na terceira pessoa do singular… “Em cinco minutos de conversa, em qualquer lugar, identificamos um santista pela forma de falar”, destaca Braz Antunes.
 
Grupo de Trabalho
Para que o Museu se torne realidade, será definido um Grupo de Trabalho que vai discutir a melhor forma de tornar esse projeto realidade. As secretarias municipais de Cultura, Turismo e Educação, além da Fundação Arquivo e Memória de Santos (FAMS), estarão envolvidas nesse processo. “Aquilo que falamos e escrevemos é a nossa essência, a nossa história, a nossa alma. É isso que procurei destacar e preservar”.
 
A sanção aconteceu no gabinete do prefeito e contou com a participação do vereador Braz Antunes; do secretário de Cultura, Rafael Leal; da diretora-presidente da FAMS, Vera Raphaelli, e de representantes do Rotary Club de Santos e da comunidade portuguesa, que participaram antes, também na Prefeitura, da cerimônia que marcou a irmanação entre Santos e a cidade portuguesa de Viseu.